Pesquisas realizadas
As emoções são fundamentais para o ser humano, pois estão presentes em todos os momentos na vida das pessoas e auxiliam na escolha de respostas adaptativas para enfrentar as dificuldades da vida quotidiana, além de preservar os laços sociais e o bem-estar pessoal. Além disso," As expressões emocionais são cruciais para o desenvolvimento e regulação das relações interpessoais." (Ekman, 2000). A forma como cada um responde emocionalmente ao ambiente ajuda a definir a qualidade da sua interacção com o meio. O indivíduo, de modo automático ou controlado, consciente ou até mesmo inconsciente irá definir a forma como utilizará e regulará suas emoções.
Referência bibliográfica: Ekman, P. (2000). Basic emotions. In T. Dalgleish & M. J. Power. Handbook of cognition and emotion. London: John Wiley & Sons
Competências Emocionais
A par do conceito inteligência emocional, surge o conceito competência emocional. Segundo Stocker e Faria (2012), a competência é um conjunto de perceções, juízos e avaliações que cada um tem sobre as próprias capacidades intelectuais, sendo fundamental na prossecução de objetivos de realização e na mestria pessoal. Para Fleury e Fleury (2001), a competência está baseada em conhecimentos, habilidades e atitudes do indivíduo que agregam valor social ao próprio e valor económico à organização, por meio de um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar e transferir conhecimentos, recursos e habilidades. O conceito competência emocional advém do conceito inteligência emocional que surgiu na literatura científica, no início da década de 90, para representar um tipo de inteligência que envolve o processamento emocional, conforme já foi discutido. De acordo com Saarni (2002, p. 65), a competência emocional é uma "demonstração de autoeficácia nas transações sociais que produzem emoções", isto é, "o indivíduo acredita ter a capacidade e as habilidades necessárias para alcançar um determinado resultado". Ser emocionalmente competente depende da história social de cada um: das crenças, atitudes e suposições, da cultura, dos papéis sociais que ocupamos, como o género e a idade, da observação de outras pessoas importantes e dos padrões de reforço daqueles com quem se está significativamente envolvido. "Todos estes fatores contribuem para que aprendamos o que significa sentir alguma coisa e fazer algo a respeito disso" (Saarni, 2002, p. 69). Indivíduos emocionalmente competentes são indivíduos capazes de administrar as suas próprias emoções de forma eficaz, o que lhes permite negociar o que pretendem por meio de interações pessoais.
Mais do que atingirem o que pretendem, sujeitos com competência emocional têm um sentido de bem estar subjetivo e uma resiliência adaptativa diante de situações stressantes (Saarni, 2002). Ora, de acordo com Kofman (2002) há cinco competências básicas, que devem ser aplicadas à própria pessoa e que se transformam no relacionamento com os outros e que refletem a competência emocional (Quadro 1). Vários estudos no domínio e no contexto português (Faria, Costa, & Costa, 2008; Faria & Lima Santos, 2006, 2011; Lima Santos & Faria, 2005) demonstraram que o desenvolvimento da competência emocional promove a melhoria de outras competências, nomeadamente as sociais, bem como a manifestação de comportamentos mais adaptativos e eficazes. Na verdade, quando a pessoa tem um sentimento de competência positivo, terá uma maior capacidade de relacionamento interpessoal, sentir-se-á bem consigo própria, 31 assim como aceitará mais facilmente desafios, empenhando-se, persistindo e envolvendo-se de forma a superá-los (Faria, 2002a, cit. por Faria, Costa, & Costa 2008).
Ter auto-eficácia emocional, o que significa o indivíduo aceitar a sua experiência emocional, independentemente de ser integrada na cultura onde está inserido". Em suma, ser emocionalmente competente implica desenvolver as habilidades emocionais atrás descritas, ainda que de acordo com o contexto cultural, de forma gradual e não necessariamente na sequência em que foram apresentadas. Estas habilidades são aprendidas ao longo da vida, mediante experiências em vários contextos sociais, nos quais o sujeito se vê obrigado a responder de forma eficaz, se bem que haverá sempre situações em que inevitavelmente o sujeito responderá com relativa incompetência emocional, apesar dos esforços para dar respostas adaptativas. Assim, ser emocionalmente competente exige uma plasticidade de comportamentos que explica o facto desta competência ser medida como uma aptidão, e não ser necessariamente sinónimo de otimismo, alegria ou amizade (Mayer, Salovey, & Caruso, 2002).
(https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/3768/1/Tese_Marisa%20Sousa.pdf)
Mayer, J. D., & Salovey, P. (1997). What is emotional intelligence? In P. Salovey & D. J. Sluyter (Eds.), Emotional development and emotional intelligence: Educational implications (pp. 3-31). New York: Basic Books.
Petrides, K. V., & Furnham, A. (2001). Trait emotional intelligence: Psychometric investigation with reference to established trait taxonomies. European Journal of Personality, 15(6), 425-448.
7 Emoções Básicas
Este foi um tema que eu achei muito interessante, pois ainda não tinha ouvido falar sobre ele, após fazer a minha pesquisa, eis os resultados:
Pesquisei um pouco sobre este tema e no site da CICEM, encontrei um texto muito interessante.
Assim, as 7 emoções básicas universais, são: alegria, tristeza, raiva, aversão, surpresa, medo e desespero. As expressões, independentemente da língua que se fale, cultura ou país onde se vive, são iguais.
Este tema chamou-me a atenção, pois nunca tinha pensado sobre este assunto e é muito interessante. Na medida em que conhecer as emoções básicas que todos nós fazemos é pensarmos como somos diferentes em tantas coisas e depois com coisas tão simples, somos iguais.
Com isto, as emoções são algo que todos temos independentemente do que somos e de quem somos. Achei este site uma mais valia, no sentido que explica porque se deve estudar as emoções e porque é que tão importante. Pois considera que estas determinam a qualidade de vida das pessoas e a oportunidade para se tornarem mais conscientes dos momentos que vivenciam.

Referência bibliográfica: Centro de Investigação do Comportamento das Emoções. (2017, julho 12). 7 emoções básicas universais. CICEM. https://cicem.com.br/7-emocoes-basicas-universais/